quinta-feira, 26 de maio de 2016
Direto ao assunto, sem delongas e sem caô.
Entre trancos e barrancos consegui dormir essa noite e, consequentemente,
acordei com nenhuma disposição de levantar da proteção que minha cama, meu
travesseiro e cobertor ofereciam a meu corpo. Como ainda não criaram um lençol
para a mente, a mesma decidiu começar a trabalhar ativamente.
Foi assim que em meio a um turbilhão de pensamentos sobre tudo e nada,
me perdi em mim. E que experiência gloriosa e extraordinária que eu presenciei
hoje. Foi diferente de tudo que eu já vivi. As lágrimas caíam sem piedade, com
um tom de alegria por ter relembrado a mim, da pessoa que eu sou e que vem se redescobrindo
a cada dia.
Ganho nuances novas a cada segundo vivido, resgato outras esquecidas em
um canto escuro da cabeça um pouco remendada, mas que precisam estar comigo. E
o principal: jogo fora aquelas que não me contribuem em mais nada. Foi assim
que Desintoxicação e Mudança se destacaram em meio de frases distorcidas e
complicadas.
Fácil é falar, o difícil é realmente colocar em prática os planos que
borbulhavam desenfreadamente dentro, agora, do meu peito. Que tal começar do
básico?
Olhei para o objeto com quem vivo uma relação de ódio e amor, o celular.
Observo o Wallpaper da tela de desbloqueio e de dentro. Adeus, Rapunzel, mas eu
não sou mais você faz muito tempo. Não preciso de resgate alheio, consigo ser
minha própria heroína. Claro que vou tropeçar, errar, me ferrar, mergulhar de
corpo e alma e sofrer, mas pô!
Eu também tenho a chave para resolver, aprender, sorrir e dar um murro
nos males que vierem pela frente. Tudo é uma lição. E foi assim que decidi
também me afastar de quem em nada contribui para meu crescimento como pessoa e,
convenhamos, será que eu contribuo no delas também?
Talvez alguns estejam apenas me envenenando aos poucos e eu não esteja
percebendo. Talvez eu esteja me distanciando sem perceber, ou quem sabe,
querendo, de outros. Desculpa, mas sabe o que é? Não consigo mais ficar num
lugar cheio de gente sentindo que estou só. Aí pensa aqui comigo: para que
deixar as paradas desconfortáveis, não é mesmo?
Foi então que decidi levantar da cama e me olhar no espelho. Está tudo ruim.
Que expressão é essa? Quando foi que a máscara voltou? E sabe o que aconteceu?
Eu abri o sorriso mais estúpido que eu consigo dar e soltei uma
gargalhada que estava sufocada dentro de mim faz tempos. Eu consigo resolver
isso tudo. Sozinha? Não preciso. Eu tenho tanta gente ao meu redor querendo meu
bem, que não faz sentido eu negar a mão que me oferecem. Se organizar
direitinho, todo mundo se ajuda.
Sabe o que é? Alguns estão me ajudando sem nem perceber faz muito tempo
e toda aquela angústia que habita meu ser vem diminuindo num ritmo tão
acelerado que estou extasiada. O problema é estar propensa a me ferrar com mais
facilidade, mas quem nunca, né? Vai que aprendo alguma lição para desintoxicar
minha alma mais um pouco e a vida está cheia de tanto 7x1 que cabe a cada um de nós perceber o que está rolando para melhorarmos como indivíduos.
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